Surdo ouvindo musica

Dançar, cantar, quem afinal não gosta de se deixar levar por  um ritmo, uma melodia ou determinada música?

Todo ser humano, uma hora ou outra, acaba por  deixar aflorar seus sentimentos e gostos, e no caso, sensibilizar por uma música que lhe agrade.

Isso é peculiar ao ser humano e cada um tem um modo particular de se expressar ao receber uma notícia, ouvir um poema, enfim, de ouvir uma música.

Uns pulam, gritam, ensaiam passos de dança, cantam junto com o cantor, vão a uma danceteria com os amigos e outros o fazem isoladamente, de modo mais tímido, simplesmente deitando no sofá e curtindo a música tranquilamente ao fim da noite. De um modo ou de outro, a expressão acontece.

O surdo, por sua vez, também tem sentimentos e desejos contidos que podem ser manifestos ao perceber um som, ritmo e no caso, através da vibração sonora que a música emite e de gestos e sinais de quem a interpreta. Ou seja, apesar de sua limitação, ele tem seu modo especial de “ouvir” e entender através dos sinais e interpretação a música que está sendo entoada.

Daí a importância da expressão mais pura e fiel ao ritmo musical que se ouve para que o surdo também possa usufruir desse momento tão gostoso e especial que é ouvir uma canção em todos seus detalhes. Vamos ouvir uma boa música!?

IDENTIDADE SURDA

Independente dos fatores sociais, familiares, do poder ouvitista ou a construção da identidade da pessoa surda entende-se que existe diferenças entre os surdos.

Identidade Surda: é chamada de identidade surda plena, comumente são filhos de pais surdos, têm consciência surda, consciência da diferença, e sua língua nativa é LIBRAS.

Surda HÍbrida: pessoas que nascem ouvinte e se tornam surdos, estes conhecem a estrutura do português falado e conseguem se comunicar também através da fala.

Surda de Transição: são os surdos oralizados, filhos de pais ouvintes e descobriram a comunidade surda posteriormente, e então passam do mundo dos ouvintes para o mundo visual.

Surda Flutuante: são os surdos que tem consciência ou não de sua surdez; são geralmente conformados e acomodados com a sua condição, não se interessa pela causa surda, participam de várias comunidades e não vivem em harmonia em nenhuma comunidade, esses surdos não conhecem a LIBRAS e nem se comunicam com ouvintes.

Fonte: Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Estudante/ Tanya A. Felipe.9ª. edição- Rio de Janeiro: WalPrint Grafica e Editora,2009.

Afinal, o que são as configurações em LIBRAS

Para se entender LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é preciso saber que existem parâmetros gramaticais próprios -- e que ela não é universal -- no Brasil existem 64 configurações de mãos diferentes, e é com elas que os sinais passam a fazer sentido, junto com a orientação, a direção, o ponto de articulação; entre outros.

Desta forma, se pode pontuar cada um desses parâmetros e com exemplos posso torná-los mais fáceis de serem entendidos por meio da linguagem de sinais.

Configuração de Mão é a forma com que as mãos se apresentam no sinal – relembrando, ao todo são 64.

Na configuração os sinais podem ser com a mão direita ou a esquerda e em alguns casos pode-se usar as duas mãos. Alguns sinais tem a mesma configuração de mão, por exemplo:

Os sinais TER, OUTRA VEZ, CONSEGUIR, e ALEMÃO, entre outros a configuração e em (L), o ponto de articulação indica o lugar do corpo onde será feito o sinal.

• L no peito = ter
• L na frente do corpo = conseguir
• L na testa = alemão

E, desta forma temos vários sinais com a mesma configuração. Alguns sinais tem movimento, outros não. Os sinais BRINCAR, ALEGRE eTRABALHAR, estes tem movimento, já os sinais de ESPERAR, FICAR,BANCO, não tem movimento. Assim pode-se identificar o sinal e compreender o seu significado. A orientação / direcionalidade são sinais que precisam ser direcionados como por exemplo DESCER, SUBIR,VIR ou IR.

Além de parâmetros, muitos sinais completam o sentido de uma palavra ou frase por meio de

expressão facial ou corporal pois em LIBRAS os sinais de alegre ou triste devem ser bem representados e a expressão é importante. À  partir daí temos os contextos que quando usados em frases em LIBRAS ou português sinalizado dão a intenção do assunto.

Fonte: Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Estudante/ Tanya A. Felipe.9ª. edição- Rio de Janeiro: WalPrint Grafica e Editora,2009.

Números em LIBRAS

Assim como o alfabeto, temos também os números em LIBRAS que foram criados para facilitar a comunicação entre ouvintes e surdos . As palavras são formadas a partir do alfabeto, exemplo: professor mão em (P) na frente do corpo da esquerda para a direita,os números sinalizam idade, numero de endereço, quantidades, etc, desta forma a configuração de mãos e muito importante.

E quando falamos de números que se repetem, ex: o número 55, não fazemos duas vezes o 5, somente arrastamos a mão em configuração em (5), desta forma indicamos a duplicidade de um número.

Esse exemplo serve também para letras, ex:carro, e só arrastar a letra (R).

Fonte:Felipe, Tanya A

Libras em contexto : Curso Básico: Livro do Estudante/ Tanya A. Felipe .9ª ediçao: WalPrint Grafica e Editoras,2009.

Como um gesto pode superar a Síndrome de Down

Certo dia, conheci uma família -- uma mãe dedicada, e um pai que sonhava com cada palavra que ele iria ensinar à filha. Ele tinha certeza de que a primeira palavra dela seria “Papai”. Mas seu mundo de sonhos se transformava em dor, pois uma doença prometia destruir toda a alegria daquela família.

O médico diagnosticou Síndrome de Down, mas a criança não parecia se importar: sem coordenação motora e sem ouvir, não mostrou um único sinal de preocupação. Em desespero, a mãe se tona aluna de um curso de LIBRAS e começa a ensinar LIBRAS à filha, apesar de toda a família não acreditar que ela poderia entender e aprender a língua de sinais.

A distância do mundo real se tornou um desafio, que aquela mãe enfrentou e, em pouco mais de três meses, a criança já se comunicava com suas pequenas mãos e gestos delicados.

A LIBRAS a trouxe de um distante mundo para os braços de seus pais. A frase que me tocou naquele momento foi dita pelo pai, que praticamente sem acreditar, disse: “O melhor som é vê-la falar com as mãos”.

Comunicação virtual abre oportunidade para jovens alunos

A Faculdade Mundial, onde estudo Relações Públicas, promoverá a 2ª Semana da Comunicação do dia 23 até 27 de maio. O evento está sendo organizado pelos alunos da Faculdade Mundial.

No primeiro dia, 23 de maio, Soninha Francine, ex-VJ da MTV e jornalista responsável pela campanha presidencial de José Serra na internet, em 2010, falará sobre redes sociais como ferramenta comunicacional. Esse é um tema importante para pessoas que usam as mídias digitais profissionalmente e também para quem gosta de se relacionar em comunidades virtuais.

Em 24 de maio, o evento conta a presença de Rita Amorim, assessora de imprensa do InCor (Instituto do Coração da FMUSP), que com sua experiência em comunicação institucional abordará “As Relações Públicas na construção da marca”. Ela falará sobre suas experiências profissionais e como é importante uma boa comunicação institucional.
Já no dia 25, o publicitário Marco Mogica fará palestra sobre novas tecnologias e publicidade.

No dia 26, o designer e publicitário Vicente Carvalho abordará a propaganda e imagem institucional. Fechando a semana da comunicação na sexta-feira, dia 27, Tristana Vilela, cerimonialista e professora, irá falar desta área e apresentará os trabalhos dos alunos da Faculdade Mundial realizados neste bimestre.
Entrada gratuita.

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